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Entrevistas realizadas na Turma III de 2015
Professor Vanderlei de Oliveira Farias – Fundamentos Filosóficos da Ética
P: Qual foi sua impressão da turma III?
R: Cada turma tem uma característica diferente, essa é uma turma menor, mas muito participativa. Além de participativa, a qualidade das perguntas é muito boa, com perguntas pontuais e muito bem elaboradas.
P: A dinâmica está boa?
R: Pode-se perceber que a turma entendeu o motivo de ter uma disciplina como ética filosófica no curso. Principalmente no que tange a hora de fazer os pareceres, é importante que se tenha bons argumentos, os conceitos sejam bem trabalhados, que tenham boas justificativas na hora da decisão de se elaborar o parecer dentro da Comissão.
Trabalho com várias teorias e as pessoas vão colocando os problemas éticos em seus devidos lugares. Acho que a filosofia ajuda a situar as teorias nos seus devidos lugares.
Outra coisa interessante foram os casos práticos. Eu dupliquei o número de casos, antes trabalhava com 3, agora estou trabalhando com 6. E isso tem dado uma realidade, também, de que eles estão trabalhando com casos que aparecem no dia-a-dia deles. De que forma a filosofia ajuda a entender como é que a gente sai desses dilemas éticos. Eu vi que eles estavam interessados. Demonstravam interesse naquele tema e isso seria importante em algum momento da atuação da comissão de ética deles.
P: Os alunos estão envolvidos?
R: Na turma III me pareceu que as pessoas são de Comissão de Ética, mesmo. Esse ano eu percebi que tem havido maior participação de integrantes de Comissão de Ética. Minha impressão foi bastante positiva em relação à turma. Percebi uma preocupação com a profundidade do assunto, não foi um debate superficial.
Professor Raimundo Nonato da Silva – Gestão da Ética Pública
P: A necessidade de aperfeiçoamento da gestão da ética nas instituições públicas tornou-se importante à discussão sobre esse tema?
R: O processo de gestão da ética, ao invés de ser uma intuição na vida das pessoas, na realidade é um ato de gestão, um ato de economia, uma vez que o propósito de uma comissão de ética é justamente de trabalhar a gestão. Reduzindo o stress organizacional, reduzindo os incidentes de conduta, pode-se focar melhor nos objetivos e nos valores profissionais, principalmente no cumprimento da missão institucional. Ou seja, agindo na qualificação de emendas da comissão de ética, ou na discriminação do regramento ético na instituição. É uma medida de gestão que visa à economia e a qualificação do ambiente institucional.
P: O senhor tem notado uma conscientização dos gestores dessas instituições sobre a ética?
R: Tem havido um conhecimento e conscientização desses gestores, aquela relutância inicial de criar uma nova instância e uma nova fronteira está sendo vencida aos poucos. Como ferramenta, nós temos utilizado um processo de trabalho chamado de “compromisso institucional”. Então, a cada dia temos observado que, além de admitir que é preciso subsídios pra montagem das comissões de ética, os dirigentes também tem trabalhado no intuito de consultar a comissão de ética nas suas decisões do dia-a-dia, não consultando somente a área disciplinar.
P: O senhor tem acompanhado o curso há vários anos, tem visto o crescimento do interesse dos agentes públicos?
R: Certamente. O crescimento tem sido exponencial. Eu lembro muito bem que aqui nesta organização pelo menos há 14 ou 15 anos, quando nos reuníamos aqui na ENAP, nós tínhamos uma meia dúzia de gatos pingados. Hoje em dia nós temos 8 turmas, cada uma com 60/70 pessoas. Um volume de consultas e uma procura muito grande da CEP pelo regramento ético, pelas normas éticas.
P: Qual a impressão da turma III?
R: Todas as turmas são fantásticas. Esta turma foi muito equilibrada, nível de participação muito interessante e eu só lamento não ter tido tempo suficiente na grade curricular para atender todas as pessoas, mas é uma turma que vai marcar pra sempre. Pelo desempenho das pessoas, nível de curiosidade e, acima de tudo, o interesse das pessoas pelo tema e compromisso com a gestão da ética nas suas organizações.
Professora Marja Mühlbach – Rito Processual
P: Qual a importância do curso? Como está sendo a sua experiência?
R: O curso é muito importante porque esses agentes que vieram, os integrantes das comissões, vão atuar como multiplicadores nas suas comissões. Não tem como vir todos os integrantes da comissão, então cada um dos integrantes que vêm, além de trazer sua contribuição para o grupo, podem relatar suas experiências e conversar com outros integrantes de outras comissões de ética, este é um dos aspectos bem relevante desse curso.
P: E o que achou da turma III?
R: A turma está bem interessada, trazendo muitas contribuições das experiências deles, e reflexões que têm sobre a instância ética e isso é muito importante porque às vezes são coisas que não estão de forma clara nas normas, é o entendimento do que é instância ética. Então é muito legal que eles tragam para grupo, para ajudar outros que ainda não tem esse entendimento.
No início do rito, houve participantes indignados, “pra que serve essa instância ética”? e hoje foi interessante porque tivemos contribuições de outras pessoas que vieram e explicaram a importância da ética. Foi muito bom. As pessoas têm essa dificuldade de achar que tem uma função importante.
P: Você acha que melhorou a consciência das pessoas sobre a instância ética?
R: Cada vez mais. À medida que a instância ética se torna mais conhecida, isso vai muito da visibilidade que a Comissão de Ética Pública está tendo, vai aumentando essa consciência. A Comissão de Ética Pública atuando, buscando realizar mais esses encontros de capacitação, está contribuindo muito para essa divulgação da instância ética.
Entrevista com José Lima Santana, presidente da CE da Universidade Federal de Sergipe (UFSE)
P: Como está sendo sua experiência no curso? O curso está atendendo as expectativas?
R: Acho que a concepção do curso, dentro do que estamos vendo de ontem para hoje, está muito bem formatada, o curso deve atender, sim, as expectativas dos cursistas e esta é a visão que eu levo do ponto de vista da contribuição que o curso tem a oferecer a todos nós que trabalhamos nas comissões de ética dos órgãos e das entidades da administração federal.
P: Primeira vez que o senhor faz o curso?
R: Sim, primeira vez.
P: E qual sua impressão? Estão conseguindo tirar as dúvidas?
R: Na qualidade de professor de Direito Administrativo, eu posso aquilatar o curso de forma consentânea e posso afirmar, repito, bem formatado, os instrutores até agora tem demonstrado competência dentro dos temas que lhes foram conferidos e, consequentemente, as questões que estão sendo levantadas estão sendo respondidas a contento e são profundamente esclarecedoras todas as respostas que tem sido dadas. Eu espero que os cursos continuem nesse diapasão e que nós possamos ter cursos que venham a reafirmar o posicionamento até agora dos oferecidos e que aqueles que não vieram fazer cursos desse tipo, possam vir para poder receber as contribuições que estão sendo dadas.
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